1ª Chamada para o IV Seminário Midiatização

Por em 16 de setembro de 2019

SAPIENS MIDIATIZADO: A CONSTRUÇÃO SOCIAL DO CONHECIMENTO ENTRE INTERAÇÕES, MEIOS, CIRCULAÇÃO E MEDIAÇÕES SOCIAIS

 

Datas importantes (nessa primeira chamada)

  1. Submissões de Resumo Ampliado: 15 de janeiro de 2020.
  2. Link para submissão: Será disponibilizado em breve!

(aguarde informações sobre normas de submissão. Essas devem ser semelhantes às normas de 2019, conforme informado em https://www.midiaticom.org/seminario-midiatizacao/submissao-resumo-expandido/)

  1. Realização do Evento: 03 a 09 de maio 2020.
  2. Local: Unisinos

 

Apoio: Capes, Fapergs, CNPq, IHU, Unisinos

Promoção: Unisinos, Universidade de Buenos Aires, Université de Montpellier II, Universidad Nacional de Rosário, Universidade Federal de Santa Maria.

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CONVIDADOS

  1. Nick Couldry (Inglaterra, em teleconferência)
  2. Hubert Knoblauch (Alemanha),
  3. Göran Bolin (Suécia),
  4. Mario Carlón (UBA, co-promotora)
  5. Sandra Massoni (UNR, co-promotora)

Do Brasil, participam como convidados

  1. Muniz Sodré (UFRJ)
  2. Ciro Marcondes (USP)
  3. Aidar Prado (PUC-SP)
  4. Eugênia Barichello (UFSM)
  5. Maria Helena Weber (UFRGS)

Como nas edições anteriores, as mesas serão compostas colocando em interlocução o Grupo da Unisinos, um convidado estrangeiro e um convidado nacional.

 

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QUESTÕES…

Com sapiens midiatizado queremos nos referir a diversos processos midiáticos em suas relações com as transformações mentais da espécie.

Diversas perguntas podem ser enunciadas nessas relações. Como pensar a construção social do conhecimento quando essa está mediada pelos processos midiáticos? Em que medida a experiência mental da espécie já incorpora os processos midiáticos como referência de suas construções e inferências? Como os atores em rede vem participando desses processos? Em que medida as instituições e organizações estão se adaptando a esses novos ambientes? Em especial, de que forma a Universidade, a pesquisa e os campos científicos participam desse conserto? Os meios em redes digitais, agenciados pelos sistemas especialistas e inteligência artificial, se interpõem nesses processos, de forma a colocar questões incisivas ou secundárias? Como as temporalidades e espacialidades afetam condições de produção e de recepção, incluindo as práticas sociais, na produção social de conhecimento? Que epistemologias e metodologias podem dar conta dessa nova complexidade, em meio a zonas de indeterminação e incertezas?

Essas relações podem ser formuladas em diversos níveis epistemológicos e temáticos. No plano epistemológico, trata-se de colocar em debate a diversidade. Essa pode ser assim abordada, conforme abordagem de Stig Hjarvard em nosso primeiro seminário:

 

As discussões sobre midiatização aqui no Brasil se desenvolvem na perspectiva da semiótica, filosofia da comunicação e antropologia. Em um contexto nórdico e europeu, isso é bem diferente. Muitas das pessoas envolvidas em discussões sobre a midiatização vêm de estudos de mídia com uma orientação para a sociologia ou sociologia cultural, e muitos norte-europeus têm uma inclinação empírica mais forte. (HJARVARD, 2018).

 

Essa síntese abrange parte do que discutimos nos três seminários realizados. Há diferenciações, sutilezas epistemológicas (por exemplo, a perspectiva da economia política de Bernard Miège; a antropológica de Stefan Bratosin e Mihaela Tudor) que fazem parte das diferenciações ainda em demanda de articulações epistemológicas, ou clareza das agonísticas em curso. Ou, na esfera da sociologia cultural, as diferenciações entre abordagens construtivistas e institucionalistas.

Particularmente, no Grupo da Unisinos (mas também em diversos PPGs do Brasil, assim como no GT de Epistemologia da Compós), ao lado dos aportes conceituais das diversas áreas de conhecimento referidas acima, e que acolhemos com satisfação, queremos assinalar uma constante busca de perspectivas propriamente comunicacionais, com um duplo objetivo: de ampliar a produtividade daqueles conceitos para descobertas sobre nossos objetos; e de participar da constituição epistemológica do campo de conhecimento em comunicação.

O Grupo da Unisinos comporta uma diversidade epistemológica – com a especificidade de que as interlocuções, em dez anos de histórico, vem permitindo um trabalho sobre os contraditórios que se mostra positivo tanto para as pesquisas empíricas como para as reflexões epistemológicas.

 

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Essa diversidade epistemológica, referência da composição das mesas, pode ser especificada:

– Na perspectiva das epistemologias da circulação (baseada nas relações entre produção e recepção e no estudo de outras estruturas de circuitos), considerando-se os novos meios (em redes digitais, diversificados em seus formatos de indexação, interação e agenciamentos conforme projetos de inteligência artificial) ou meios anteriores (rádio, televisão e impresso), incluindo as relações entre eles;

– Nas construções sociais de conhecimento, especialmente na configuração de novos circuitos e ambientes e ambiências, que se configuram nos processos de circulação e para além desses;

– Nas relações entre meios e mentes, quando reflete sobre as intersecções, defasagens entre imaginários e suas realizações, frustrações e promessas, incluindo as transformações das experiências mentais da espécie quando em contato, interação e ativações de novos meios (redes, indexações, interações planetárias, inteligência artificial).

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EIXOS TEMÁTICOS

Outras formas de participar do evento se referem aos eixos temáticos. Algumas possibilidades são as seguintes (a serem elaboradas a partir de suas articulações e tensionamentos com processos midiáticos em geral, e, em particular, na perspectiva da linhagem epistemológica midiatização e processos sociais):

  1. A construção social do conhecimento (indivíduos, atores, meios e instituições)
  2. Pesquisa e a universidade como mediação na construção social de conhecimento;
  3. Organizações e coletivos na produção de conhecimento social;
  4. Os meios digitais (indexação, agenciamentos e inteligência artificial)
  5. Ambientes e ambiências da aldeia globalizada

 

Esses eixos podem ou não ser abordados nos termos das perspectivas epistemológicas acima referidas. São referências para as formas ascendentes do Seminário. Essa flexibilidade é forma de interlocução que já nos propiciou meia centena de participantes em Grupos de Trabalho, nos três eventos realizados. Será mantida a flexibilidade.

 

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Será dada continuidade aos processos estabelecidos nas edições anteriores do Seminário de Midiatização:

  1. trabalho cooperativo com grupos de pesquisa em midiatização e processos sociais iniciado em 2019. Isso será aprimorado;
  2. grupos constituídos ad hoc, como em 2016, 2018 e 2019, mas esses deverão ser consolidados para o evento de 2020. Isso ficará claro no formulário de submissão;
  3. submissões feitas em formulário “Os resumos selecionados passarão imediatamente a compor uma edição de Anais de Resumos; e posteriormente faremos outra edição, de Anais de artigos completos”.
  4. submissão em formato de resumos ampliados, avaliados em formato de parecer duplo-cego;
  5. publicação de artigos completos, após revisões e formatação conforme orientações da Comissão Editorial dos Anais.

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Comissão Organizadora

Jairo Ferreira (coordenador geral)

Ana Paula da Rosa

Antônio Fausto Neto

José Luiz Braga

Moisés Sbardelotto

Pedro Gilberto Gomes

Rafael Grohmann

 

Comissão Editorial do Evento

Jairo Ferreira

Dinis Ferreira Cortes

Luisa Schenato Staldoni

João Damásio