TY - JOUR AU - Kleinsorgen Bernardo Borges, Natalia PY - 2022/11/07 TI - A “mulher de preso” e a midiatização do cotidiano como reforço das instituições masculinistas JF - Anais de Resumos Expandidos do Seminário Internacional de Pesquisas em Midiatização e Processos Sociais; v. 1 n. 5 (2022): Anais de Resumos Expandidos V Seminário Internacional de Pesquisas em Midiatização e Processos Sociais KW - N2 - Este artigo pretende analisar discursivamente a vídeo-reportagem “Mulher de preso mostra rotina de visitas e viraliza na web: ‘É o que eu vivo’”, veiculada pelo programa ‘Sensacional’ da RedeTV!, no dia 11 de agosto de 2022, a fim de evidenciar como a midiatização dessa realidade pode servir para reforçar a relevância de algumas instituições sociais, ao passo que pretende revelar as “curiosidades” sobre o cotidiano de mulheres em situação de fila de prisão. Para essa análise, parte-se de três perspectivas: a) a midiatização é o processo pelo qual as relações sociais e o cotidiano são constantemente e, cada vez mais, moldados pela mediação das tecnologias e das instituições midiáticas, e é útil para debater a inter-relação entre comunicação, mídias, cultura e sociedade (Figueiras, 2017); b) as mulheres em filas de prisão vivem um cotidiano de “prisionização secundária”, quando estão expostas a uma hiper institucionalização, incorporando regras e comportamentos ditados pela instituição prisional (Comfort, 2008 apud Jorge, 2011); c) as instituições ocidentais – a filosofia, a ciência, a família, a igreja, as prisões, a mídia, dentre outras, criadas pelos homens para a manutenção de seus poderes econômico, sexual e social como um todo, não servem à emancipação das mulheres (Pisano, 1998; Beauvoir, 1949); ao contrário, precisam da subordinação feminina para que possam prosperar. UR - https://midiaticom.org/anais/index.php/seminario-midiatizacao-resumos/article/view/1522