Midiatização, polarização e intolerância (entre ambientes, meios e circulações)

A midiatização do movimento “Coletes Amarelos”: religião e política 153 pulação ocupada. Os executivos são poucos: apenas 5% dos participantes, 7% dos trabalhadores ativos presentes contra 18% a nível nacional. Os inativos representam um quarto dos participantes do mo- vimento e a maioria deles são aposentados. Outra característica notável é a elevada proporção de mu- lheres, muitas vezes pertencentes à classe trabalha- dora e tradicionalmente pouco mobilizadas politi- camente. 25%de todos possuemdiploma de ensino superior e 35% possuem BEP ou CAP. Famílias com renda modesta: abaixo da renda mediana em qua- se um terço. 33% dizem que são apolíticos, o resto está na extrema-esquerda (15%), extrema-direita (5,4%), esquerda (42,6%) e direita (12,7%). (Cf. https://groupedhistoiresociale.com/2018/12/14/ sociologie-des-gilets-jaunes-france-culture/). Gráfico 1. Vínculos políticos Fonte: https://groupedhistoiresociale.com/2018/12/14/sociologie- des-gilets-jaunes-france-culture/?fbclid=IwAR1Z1ym6cLiaQzY W91sITpzYzmXl4nfnV4-nReCLgUrPRqXEErdmnWmjU40. A representação política fortemente à esquerda e a configuração social dos “Coletes Amarelos” focalizada numa busca de solidariedade, vínculo e justiça social, como referência da economia, permitem-nos supor que, além das materialidades das reivindicações do movimento, há fundamentalmente um dé- ficit nacional de projetos de socialização que alimenta também

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