Midiatização, polarização e intolerância (entre ambientes, meios e circulações)

A imagem em circulação: estilhaçando o olhar e a memória 197 dos atores sociais, como veremos abaixo, ratificam esta posição. Tais comentários apontam também para a falta da compreensão da noção de alteridade enquanto reconhecimento. Há uma visão estereotipada, não só do jovem e do favelado, como fica evidente a necessidade da condição do reconhecimento: para reconhecer é preciso conhecer. E, em certa medida, o jornalismo contribui para reforçar um imaginário midiático que só intensifica a inci- vilidade já presente. Figura 03 – Reações de atores sociais à publicação do G1 Fonte: G1. A outra razão para a redução do fato inicial é que a ima- gem do menino morto não foi veiculada. Embora a imagem do menino baleado tenha estado disponível e circulado instantes após o ocorrido, ela foi proibida, retirada inclusive das páginas de Facebook e, hoje, ao fazer uma busca da imagem de Marcos Vinicius, não é possível localizar a sua fotografia no local do acontecimento, apenas imagens de arquivo, disponibilizadas pela família, em vídeos e reportagens, como pode ser visto a seguir.

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