Midiatização, polarização e intolerância (entre ambientes, meios e circulações)

Bernard Miège 234 continued at the Seminar on Mediatization itself, which resulted in the publication of books (Miège et alii, 2016 and Ferreira et alii, 2019) with contributions of mine. The core of these reflections contains the specific elements of my approach to mediatization (which might be called socio-symbolic), which differs fundamen- tally, and not only methodologically, from the semio-anthropolog- ical approach developed here at Unisinos and may be articulated with it, confronted with it and, under certain conditions, be com- plementary to it. I remind that the reference to mediatization is a source of confusion, since both among professionals and scholars we must distinguish at least four different meanings of the term. Based on these distinctions, I propose inferences about the rela- tions between mediatization, incivility and intolerance. KEYWORDS: Mediatization. Mediations. Information and com- munication technologies. Intolerance. Incivility. 1. Introdução Se devo expressar minha satisfação e meu interesse in- telectual em participar deste 3º Seminário, tendo sido os dois anteriores ricos para mim em ensinamentos e contatos, e se eu só tenho que agradecer aos organizadores por me chamarem novamente para fazer esta introdução, não posso esconder o constrangimento que tive na hora de preparar esta contribuição. Minha contribuição anterior é bastante recente (cujo texto data na verdade de 2017) e já foi tema de duas publicações, primeiro em português (MIÈGE, 2018), depois em inglês (MIÈGE, 2019), e realmente me perguntei o que eu teria para fazer uma nova apresentação, até porque não sou um especialista na temática escolhida – tornei-me um especialista no âmbito dos meus tra- balhos sobre o desenvolvimento das técnicas de informação e da comunicação – e não tentarei convencê-los do contrário. Além disso, minha contribuição anterior no Simpósio da Unisinos já foi uma ... atualização de uma primeira abordagem sobre a mi- diatização datada de 2007, mas isso não é inoportuno porque a produção de conhecimento científico procede muitas vezes por sucessivos acréscimos; este é, pelo menos, meu jeito mais fre- quente de fazer. Além disso, eu só poderia propor uma apresen-

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