Midiatização, polarização e intolerância (entre ambientes, meios e circulações)

Entre meios: o lugar da midiatização 291 diferenças que contemplam desigualdades e multi- plicidades. Se no ingênuo equilíbrio de uma episte- mologia mediativa o conhecimento era seguro por- que monológico, na contradição das novas midiati- zações encontra-se uma epistemologia responsável por diálogos entre contradições e desencontros. 5. Superando o sofisma humanista de igualdades que banalizam diferenças, é necessário observar que toda ação humana tem a marca que estabelece a única certeza contemporânea: em desigualdades e polaridades, a civilização ocidental evidencia ter- ritórios em confronto e, indo além do espetáculo, precisa encontrar outro ponto distante do equilí- brio, mas visível, para que se estabeleçam possibili- dades de expressão e escolha que constituem a ur- gência contemporânea. Vivemos esferas desiguais de midiatizações, mas estamos aptos para escolher e decidir. Essa é a dimensão política que está na raiz da tecnologia dos meios que transformam o plane- ta em aldeia, das midialogias que ainda precisamos produzir e, sobretudo, das midiatizações que pre- cisam contemplar a dimensão política de uma ética epistemológica, capaz de revelar outros matizes da comunicação como área de conhecimento. 6. Nessa política, em lugar de limites, se estabelecem fronteiras porosas entre territórios, países, nações, aldeias que transformam a notícia global em noti- ciabilidade performática e estabelecem contatos, não só geográficos e históricos, mas sobretudo sub - jetivos. Nessa noticiabilidade, o planeta é poroso e está em fronteira com todos os lugares do mundo; portanto, estamos em comunicabilidade. 7. Mídias, midialogias, midiatizações Mídias, midiologias, midiatizações são matrizes epis- temológicas dependentes, embora cada uma delas observe de-

RkJQdWJsaXNoZXIy MjEzNzYz