Midiatização, polarização e intolerância (entre ambientes, meios e circulações)

Hipóteses sobre polarização, midiatização e algoritmos 327 téria em diferentes direções, o que resulta em uma mudança aleatória da direção de movimento, com deslocamento muito pequeno. Tal movimento (θi) justifica-se como uma forma de aumentar as chan - ces de a bactéria seguir um rumo que a faça atingir regiões mais favoráveis para obter nutrientes. Ob- viamente, a sequência de movimentos e a duração de um deslocamento unidirecional dependerão da concentração de nutrientes ou substâncias nocivas (ou ser neutra), ou ainda da presença de um gra- diente nutritivo ou nocivo (dependente da variação espacial da densidade de nutrientes ou substâncias nocivas) na região onde a bactéria está (SERAPIÃO, 2009, p. 280). Poderíamos seguir com esses casos, hipóteses desen- volvidas pela área da informática, a partir de estudos de labo- ratório sobre comportamento de outras espécies animais, que vêm fundamentando algoritmos de gestão de processos sociais, visando a “resolução de problemas humanos”. Isso talvez indique a importância do estudo dos algo- ritmos como sistemas, conforme os autores que se assumem no âmbito da inteligência artificial (seguindo a trilha aberta por Herbert Simon Allen Newell; Frank Rosenblatt; John MacCar- thy; Marvin Minsky) e suas atualizações. Mas se observa, em do- cumentos, que seus trabalhos, além da permanente referência ao termo algoritmo, estão em forte interface com a psicologia cognitiva e a antropologia, na perspectiva de sua formalização computacional. Essas formulações atingem diversos níveis de agencia- mento algorítmico: a chamada linguagem de máquina (que via- biliza que um sistema se transforme em operações de um meio digital, do computador ao celular); os sistemas operacionais, que fazem mediação entre máquina e software ; as linguagens singulares (chamadas por alguns de linguagem de alto nível – como os sistemas especialistas); os diagramas, fluxos, modelos, heurísticas e estratégias de inferências que transformam um problema em resolução potencial. Na execução, vão desde fór- mulas para a criação de conteúdo (como games ), definição de programações (como a Netflix), gestão das redes digitais (como

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