Midiatização, polarização e intolerância (entre ambientes, meios e circulações)

Tiago Quiroga 54 patory dimension, such virtuality oriented not only diverse an- swers to the dialectics between knowledge and social form, but above all the very alterity of the human sciences. Today, how- ever, it seems to wither, and in the wake of its retraction remains knowledge as management of social behavior. KEYWORDS: Mediatization. Humanities. Neoliberalism. Epistemology. Present time. 1. Introdução Responsaveis pela formulaço de um tempo teleologico, isto é, que previa uma direço ou uma realizaço da historia, as filosofias de Kant e Hegel preparam a emergencia de um tempo imanente, fundamental a ordemdo conhecimento, em especial, às chamadas ciências humanas (QUIROGA, 2013). A partir dos des- dobramentos (e críticas) da obra dos autores, passamos a uma inteligibilidade compreensiva, consciente da historicidade do tempo, da produção de saberes inevitavelmente marcados pela entrada do tempo como agente absoluto de mudanca (KOSEL- LECK, 2006). Do ponto de vista das humanidades, o acontecimen- to não seria pequeno; pelo contrário, o advento de um tempo que passa permitiria a emergência do princípio de autodeterminação (RENAUT, 2001), fundado essencialmente no reconhecimento da diferença produzida pela imanência no tempo. Trata-se aqui do protagonismo epistemológico exercido pelo tempo presente, em especial, no campo das ciências humanas. A partir de sua disse- minação, tem-se o aparecimento de saberes cuja alteridade advi- ria da ideia prática de liberdade como poder de escolha − isto é, autonomia como aquilo que “exig[e] em mim a definição de uma parte da humanidade comum, irredutível à afirmação de minha singularidade [...] e à qual a minha singularidade se deve subme- ter” (ibid., p. 18). A partir de tal advento, passamos a práticas epis- temológicas marcadas não apenas pela inscrição de um passado que continuaria a exercer suas ressonâncias, ou mesmo pelas al- teridades de um vir a ser que, incerto ou desconhecido, estaria necessariamente na condição do que ainda não era (GIL, 2003), mas, sobretudo, da conformação prática de saberes fundados no ideal do tempo presente como diferença .

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