Midiatização, polarização e intolerância (entre ambientes, meios e circulações)

Pedro Gilberto Gomes 78 strongly. There is a basic dialectic relationship between the three points of the trinomial. Society, as human and social rela- tions, is located in an environment that identifies it as a society in mediatization and gives it meaning. An approach that seeks to understand the reality of a society in the midst of mediatization must necessarily approach it from tangible realities, accessible via studies of individual media, but surpassed in their singleness by other concepts that empirically materialize mediatization in today’s society. It is the vision of transcendentality that will al- low us to go beyond the Cartesian view of reality. Excessive frag- mentation can be overcome by aggregating different themes to discuss the phenomenon. KEYWORDS: Mediatization. Society. Transversal concepts. Transversatility. É comum falarmos hoje em época de mudanças, gra- ças ao extremo desenvolvimento tecnológico. Entretanto, mui- tos pensadores, ao examinarem o momento presente, dizem que em lugar de uma época de mudança estamos vivendo uma mu- dança epocal. Isto é, uma mudança de época. Um momento de enorme transformação social que implica uma nova época para a humanidade. Parafraseando esses pensadores, pode-se dizer que, mais do que um ambiente de transformações, a sociedade está passando por uma transformação que tem como resultado o estabelecimento de uma nova ambiência, profundamente rela- cionada com uma sociedade em midiatização. Consoante isso, relacionar a questão da produção de sentido na sociedade com a midiatização é colocar a reflexão num patamar distinto daquele em que ela tem sido vista até ago- ra. O que está sendo buscado é o processo de construção de sen- tido social num ambiente marcado pelo rápido desenvolvimento das tecnologias digitais, envolvendo todas as dimensões da reali- dade. Numa visão retrospectiva da reflexão sobre comunicação, constata-se que, num primeiro momento, ela esteve centrada na ação do emissor. O receptor era passivo. O importante era quem organizava a mensagem, passando-a diretamente para o recep- tor, considerado uma “tábula rasa”. O ponto de partida era a con- cepção de Aristóteles sobre a arte da retórica, para quem essa

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