Das semânticas compartilhadas às escavações do que opera, conversa e nos transforma 17 tamento pela mediação dos reconhecimentos em comentários, curtições e outros signos. Neste momento de reflexão, o algoritmo é, ainda, uma incógnita, pois inclusive se coloca o desafio de abordar o fenômeno na perspectiva especificamente comunicacional: Há um trabalho inteiro a ser realizado para tentarmos desconstruir aquilo que constitui as interfa- ces; ou seja, entrar nas entranhas das interfaces, aprofundar, ir buscar os algoritmos, os códigos informáticos, os softwares. Acho que é um traba- lho que requer a colaboração não só de sociólogos e especialistas em comunicação, mas também de especialistas do mundo da informática e, a rigor, a participação de matemáticos. Acho que precisa- mos de equipes interdisciplinares para trabalhar nas entranhas da web social (Proulx et al., 2016, p. 38). Isso não impede Proulx de fazer perguntas e oferecer respostas sobre o que são os algoritmos, vinculando isso ao ca- pitalismo informacional, aproximando-se de hipóteses que seriam desenvolvidas teoricamente no decorrer da década de 10 deste séc N ul ã o o . são poucas, portanto, as contribuições dessas obras em termos de inferência: 1. Ampliação e concentração do poder midiático, ago- ra no plano global, para além dos marcos nacionais das corporações televisivas; 2. Captação do trabalho gratuito de bilhões de usuá- rios no planeta; 3. Captação de dados como fonte de capitalização; 4. Processos adaptativos em termos comportamen- tais e discursivos aos contextos dos meios de interação em rede; 5. Regulação do fluxo discursivo e interacional por algoritmos; 6. Emergência de novos coletivos de resistência e produção cultural.
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