Plataformas, algoritmos e IA: questões e hipóteses na perspectiva da midiatização

Antônio Fausto Neto 194 lho, constituindo um “vai e vem” empírico-teórico-conceitual que contempla contextos e momentos distintos, nos quais as manifestações dos processos de circulação se deixavam ver e seguiam adiante. Buscamos acentuar a potência dos materiais examinados fazendo interrogações, endereçando pistas para a realização do trabalho analítico e conduzindo, de alguma manei- ra, nossos passos em meio a trajetórias constituídas por muitos acoplamentos. Entre mapeamentos de dados, descrições de proces- sos, análises de materiais, conversas com autores, retornos às pesquisas anteriores e assim por diante, coloca-se um desafio singular do ponto de vista metodológico. Ele diz respeito ao tra- balho de articulação entre os percursos da atividade circulatória e o funcionamento de suas manifestações, segundo os ma- teriais que, a seu turno, apontavam e apontam para diferentes processualidades. Com base nos cenários desses estudos, percebemos que a circulação surge como uma problemática nomeada como “elo intermediário” e cuja “empiria” era desconhecida. Já na fase atual da “sociedade em midiatização”, destaca-se por um tra- balho técnico-discursivo de interpenetração e acoplagens de práticas sociais de diferentes sistemas sociais. Apresenta-se, na realidade dos meios, segundo pistas que permitem desenhar al- gumas das manifestações e inferências acerca de sua natureza mediacio A na s l. condições de circulação de sentidos estão gerando mudanças profundas na própria atividade de investigação cien- tífica. Muitas das causas estão associadas a processos de midia- tização que se constroem e se articulam em torno de acoplagens de práticas diversas, cujas manifestações transcendem a singu- laridade de um determinado campo ou prática social. Referências BRAGA, José Luiz. A sociedade enfrenta sua mídia: dispositivos sociais de crítica midiática. São Paulo: Paulus, 2006. CULIOLI, Antoine. Pour une linguistique de l’énonciation: opéra- tions et représentations. Paris: Orphys, 1990.

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