Jairo Ferreira 22 mos com a díade histórica, conversa silenciosa entre Lucrécia Ferrara e José Luiz Braga, questionando a midiatização a partir da fecunda busca sobre o que é comunicação. ** Um roteiro de leitura deste livro talvez possa ser o re- torno, como questões, às proposições com as quais começamos esta introdução. Em que medida as abordagens desenvolvidas nos permitem compreender, na perspectiva da midiatização: a ampliação e concentração do poder midiático, agora no plano global, para além dos marcos nacionais das corporações televi- sivas; considerando fenômenos atualíssimos como a regulação dessas plataformas vistas como parâmetros sociais da informação e comunicação? Como o trabalho gratuito de bilhões de usuários e a captação de dados no planeta se acentuam, trans- formando relações econômicas, políticas e culturais? Como nossos comportamentos vêm se adaptando às formas de interação e discursos em plataformas, e agenciamentos dos algoritmos e inteligência artificial? Quais são as promessas e possibilidades aportadas pelos novos atores e coletivos de resistência e produ- ção cultural em rede nas plataformas, incluindo usos sociais dos algoritmos e IA? ** A capa deste livro é uma “obra” de IA (criada por Freepik). Não é uma resposta a uma solicitação de imagem sobre inteligência artificial. O pedido foi outro: sistema nervoso. O deslocamento é afirmativo. A inteligência humana não é um dispositivo isolado do corpo, mas uma mediação conectora, em suas múltiplas funções nervosas, entre o ambiente e o que so- mos e podemos ser. Referências COULDRY, N.; HEPP, A. A construção mediada da realidade. São Leopoldo: Unisinos, 2020. 346 p. FLICHY, Patrice; FERREIRA, Jairo; AMARAL, Adriana (org.). Redes digitais: um mundo para os amadores. Novas rela-
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