À imagem e semelhança: máquina, homem e imaginários em circulação 221 que imagina a máquina, a máquina que imagina o homem e o imaginário em coprodução. Assim, retomamos a metáfora bíbli- ca do homem feito à imagem e semelhança de Deus para pro- vocar, assim como já o fez Kamper (2001), sobre a imagem e os imaginários em circulação sobre a relação homem-máquina. 2. Imaginários midiáticos em circulação e a fantasia Cena 1: uma máquina (Figura 01), com sua forma qua- se-humana, criada a partir de um experimento adquire poderes e nega, pouco a pouco, o papel para o qual foi desenvolvida. A criatura se revolta quanto ao criador e assume o controle sobre ele, passando a exercer e desejar o poder. Do mesmo modo, essa máquina autônoma, programada, passa a sentir e a se parecer, cada vez mais, com a fisionomia humana, ganhando contornos que permitem questionar em que medida o amor e a amizade podem ser ensinados, aprendidos, absorvidos. Enquanto isso, a cidade tomada por máquinas precisa ser protegida. Figura 01 – Cartaz de divulgação do filme Ex-Machina
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