Jairo Ferreira 252 não é Verón o autor da semântica, embora se reconheça que é um dos que desenvolvem esforços diferenciados para a constru- ção do conceito. Mantém-se, neste texto de Verón (1997), a formulação de que o acesso público é central para definir quando um meio é parte do processo de midiatização. Mas, algo que mudará pos- teriormente, vincula midiatização e sociedades de mercado discursivo e industrial: La comunicación mediática es esa configuración de medios de comunicación resultantes de la ar- ticulación entre dispositivos tecnológicos y condi- ciones específicas de producción y de recepción, configuración que estructura el mercado discursi- vo de las sociedades industriales. La comunicación mediática se encuentra en una situación de cambio acelerado, como resultado de la evolución de los dispositivos tecnológicos y de la emergencia de nuevas tecnologías, pero también como resultado de la evolución de la demanda. A partir de cierto punto, la comunicación mediática genera un pro- ceso de mediatización de las sociedades industriales (Verón, 1997, p. 6).9 Esta perspectiva mudará profundamente em seus textos finais, conforme abordaremos. Mas neste texto há uma nova problemática que incide diretamente sobre os modelos e interpretações da circulação midiática, conforme abordado acima. O modelo, utilizado em dezenas de teses e dissertações, é o seguinte: 9 “A comunicação midiática é aquela configuração dos meios de comunicação re- sultante da articulação entre dispositivos tecnológicos e condições específicas de produção e recepção, configuração que estrutura o mercado discursivo das sociedades industriais. A comunicação midiática encontra-se numa situação de mudança acelerada, como resultado da evolução dos dispositivos tecnológicos e do surgimento de novas tecnologias, mas também como resultado da evolução da procura. A partir de certo ponto, a comunicação midiática gera um processo de midiatização das sociedades industriais.”
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