Midiatização, circulação e semiose social: referências para análise crítica de plataformas e algoritmos 253 Figura 2 – Fluxos diversos em circulação Fonte: Verón, 1997. Este esquema informa a midiatização como circulação de sentido entre instituições, meios e atores individuais, em di- versos direcionamentos (conforme as setas). O destaque ao ator individual neste esquema é contrastado, pois, processualmente, se condensa em coletivos construídos no próprio processo midiático, na interface entre instituições (não midiáticas), insti- tuições midiáticas (meios) e atores (que Verón destaca se tratar de indivíduos e não de coletivos). Os coletivos, vale repetir, são construídos nas interfaces entre instituições, meios e atores, e, portanto, o conceito de audiência é frágil para pensar as relações dos meios (instituições midiáticas) com seus públicos (inclusive porque essas relações são interpostas também pelas interfaces com as instituições não midiáticas). Verón (1997) identifica quatro “zonas” de constituição de coletivos: […] la relación de los medios con las instituciones de la sociedad (doble flecha 1), la relación de los medios con los actores individuales (doble flecha 2), la relación de las instituciones con los actores (doble flecha 3) y la manera en que los medios afectan la relación entre las instituciones y los actores (doble flecha 4) (Verón, 1997, p. 8)10. 10 “[...] a relação da mídia com as instituições da sociedade (seta dupla 1), a relação da mídia com os atores individuais (seta dupla 2), a relação das instituições com os atores (seta dupla 3) e a forma como a mídia afeta a relação entre instituições e atores (seta dupla 4).”
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