Plataformas, algoritmos e IA: questões e hipóteses na perspectiva da midiatização

Comunicação e midiatização entre deuses e homens 317 ritmos tecnológicos. A funcionalidade do digital é fazer da tecnologia não apenas uma extensão do homem, mas, sobretudo, seu substituto técnico, a fim de que ele possa dedicar-se a nova maneira de ser homem: um novo homem tecnológico que, agora, dispõe de uma inteligência artificial. 5. Ontem e hoje A primeira lição do novo letramento se constitui, portanto, em saber ler a história que supõe ver, no presen- te, o passado iluminado por análoga luz àquela que ilumina o contemporâneo: […] the practices of contemporary media consti- tute a lens through which we can view the history of remediation. What we wish to highlight from the past is what resonates with the twin preoccu- pations of contemporary media: the transparent presentation of the real and the enjoyment of the opportunity of media themselves (Bolter e Grusin, 2000, p. 21). Entretanto, esse modo de ver o tempo que passa, re- vendo-o pelo modo como passa, supõe desenvolver uma crítica da própria mediação, a fim de poder vê-la não pela sua definição, mas pelas suas consequências ou como uma crítica produzida através da demolição daquilo que parece ser convincente e, apa- rentemente, definitivo. Dois modos de ver os novos meios: como uma revolução científica ou como demolição crítica que vê, em toda mídia, uma remediação: Remediation as the mediation of mediation. Each act of mediation depends on other facts of media- tion. Media are continually commenting on, reproducing and replacing each other, and this process is integral to media. Media need each other in or- der to function as media at all (Bolter e Grusin, 2000, p. 55).

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