Plataformas, algoritmos e IA: questões e hipóteses na perspectiva da midiatização

Lucrécia D’Alessio Ferrara 320 ritmos, reconhecemo-nos como outros de nós mesmos; não nos relacionamos, mas nos associamos com possibilidades globais: Confrontés à un objet, portons d´abord notre attention sur les associations dont il se com- pose, et considérons, dans un deuxième temps, les diverses manières dont elles peuvent avoir éventuellement renouvelé le répertoire standardi- sé des liens sociaux. En d´autres termes, ce qui´il nous faut comprendre, c´est pourquoi les sociologues sont si timides lorsqu’íl s´agit de rencontrer les entités non sociales qui viennent composer le monde social, alors que cette reencontre, bien que troublante, est néanmoins quotidienne (La- tour, 2006, p. 336). Entre plataformas e algoritmos, encontramo-nos imer- sos em associações que constituem a realidade virtual e em rede, nos transformando em agentes de um espaço/tempo associados e superpostos, para o qual somos atores representando papéis que nos associam globalmente e, parece, deixamos de ter história e geografia. Entretanto, essas associações são remediações do espaço/tempo que, sem escalas de um antes ou depois, é contíguo. 7. O ritual da rede virtual Desde a cosmogonia grega, os deuses exibem rituais que os consagram, porque os identificam com as respectivas funções cósmicas e, assim, auxiliam o homem a dominar a natu- reza, sobretudo as águas do oceano que, fluidas, tudo ameaçam dominar. A teogonia grega é um tratado de imunização do ho- mem na luta contra a natureza. Os deuses imunizavam os ho- mens contra a força da natureza, mas exigiam que eles fossem fiéis aos ritos, que os identificavam como deuses a serviço dos homens. Essa imunização teosófica não se destinava propria- mente a auxiliar os homens a produzir ou encontrar a paz, mas, ao contrário, os deuses tratavam de impedir a guerra (Vernant, 2001, p. 239/255).

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