Algoritmo digital interacional 347 avanço qualitativo ao fato de serem ladeados de verdadeiros sistemas críticos que os mantêm em estado de alerta para corre- ções de rumo, aperfeiçoamento de processos, revisão de objeti- vos e diversificação de experiências. Tais circuitos incluem ações e elaborações críticas – desde muito próximas ao sistema produtivo (inclusive pelos próprios participantes da produção) até o nível de estudos acadêmicos de profundidade, externos, passando por um exercício profissional da crítica caso a caso ou, ainda, envolvendo usuá- rios não especializados, mas conhecedores por participação direta no acionamento interacional dos produtos pertinentes. Tais circuitos, voltados para o esquadrinhamento do al- goritmo digital interacional, correspondem ao que percebemos já em elaboração quando, no início deste artigo, constatamos o aumento de circulação da palavra “algoritmo”, levando aos repa- ros e proposições referidas. A constatação do aumento de circulação da palavra “al- goritmo”, acompanhada de preocupações quanto a seus proces- sos e de dúvidas sobre suas consequências, indica já um estado de alerta. Como sabemos, uma diversidade importante de auto- res já põe em movimento uma circulação crítica requerida para a complexidade da questão. O objetivo do elenco de desafios que este artigo desta- ca, assim como da percepção dos âmbitos de enfrentamento, é o de participar, pelo ângulo das questões comunicacionais, do desenvolvimento crescente dos circuitos críticos sobre o algoritmo digital interacional. Referências ARENDT, Hannah [1958]. The human condition. 2. ed. Chicago: The University of Chicago Press, 2018. BRAGA, José Luiz. Comunicação como trabalho da diversidade (perspectiva e metodologia). Revista Matrizes, São Pau- lo: ECA/USP, v. 16, n. 3, p. 87-104, set./dez. 2022. Dispo- nível em: http://dx.doi.org/10.11606/issn.1982-8160. v16i3p87-104
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