Plataformas, algoritmos e IA: questões e hipóteses na perspectiva da midiatização

Bernard Miège 36 Isto resulta no constrangimento já observado em face do termo bastante ambíguo “plataformização”, que reflete mal a diversidade de estratégias dos diferentes atores envolvidos e das atividades agora geridas pelas PF, especializadas ou gerais. 2ª proposição: não redução da intervenção das plata- formas às plataformas das grandes empresas norte-americanas, por mais dominante que seja: É esta perspectiva que está no centro de um programa de investigação, o PARADICC, ainda em curso, cujos líderes, Vin- cent Bullich e Laurie Schmitt, apresentam as questões (tanto a criação como a mediação e a inscrição territorial) e relatam-nas nestes termos, recusando-se a prosseguir: […] como se a intermediação fosse a única etapa relevante e pudesse funcionar independentemen- te das etapas anteriores. No entanto, é precisamente esta armadilha que queremos evitar ado- tando desde o início uma abordagem transversal. Trata-se de pensar nesta ação das plataformas como integrada numa cadeia mais ampla de coo- peração; o estudo deve compreender no mesmo movimento as estratégias dos atores que deliberadamente optaram por articular uma difusão po- tencialmente global do seu conteúdo e uma inscri- ção territorial da sua atividade (Bullich e Schmitt, 2022, texto não publicado). 3ª proposta: o necessário registro de plataformas nos território C s o : nsecutivamente, em relação às propostas anteriores e para clarificar a abordagem às PF culturais e criativas que começa a ser desenvolvida aqui e ali, acrescentarei ainda os ele- mentos de análise retirados de uma comunicação apresentada na recente Conferência Espaços Públicos e África (Université Lyon 2, novembro-dezembro de 2022) pelo acadêmico camaro- nês Nicanor Tatchim: Entre as iniciativas inovadoras [...] Kiro’o trabalha na politização através de jogos de vídeo de catego- rias retiradas do jogo político; Stillac Play e Cinaf

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