Platforms, algorithms and AI: Issues and hypotheses in the mediatization perspective

Antônio Fausto Neto 172 de dos meios” para a “sociedade em midiatização”. Inicialmente, chamamos a atenção para o modelo concebido por teorias fun- cionalistas, que situavam a circulação apenas como uma “zona de passagem” de mensagens – das instituições midiáticas (em produção) aos coletivos sociais (em recepção). Essa realidade se refere à “sociedade dos meios”, na qual se desconheciam as di- ferenças existentes na interação entre os polos. Posteriormente, a complexificação e intensificação dos processos interacionais, bem como a transformação de tecnologias em meios, afetam as práticas de instituições e receptores. De uma “zona de transferência”, a circulação vai se transformando em uma “zona de interpenetração” pelo efeito de práticas discursivas de institui- ções jornalísticas e leitores. Com isso, a noção de acontecimento passa a resultar de operações desenvolvidas por essas duas ins- tâncias, as quais se contatam a partir das diferenças entre suas lógicas e operações. Emerge, assim, a atualidade como noção complexa, entre outros efeitos. Palavras-chave: Midiatização. Circulação. Discursos. Aconte- cimento. Interpenetração. 1. Introductory note Through research carried out in the first two decades of the present century, we developed notes on the functioning of circulation in the context of communicational practices, espe- cially journalistic ones. We take as a scenario the “society undergoing mediatization” and contemplate observational processes together with different discursive materialities. Circulation was, for many years, a phenomenon that did not arouse the interest of research in the field of communi- cation. These could not capture it because its complexity impos- es itself only as a “blind spot” for epistemologies and analytical frameworks. It is only in more recent times – something around 40 years – that the first hypotheses about its manifestation are launched P . rior to this, studies of the mass media drew attention to their functions as well as to the effects of their actions. This was done mainly through functionalist literature, which irri-

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