Redes, sociedade e pólis: recortes epistemológicos na midiatização

Antônio Fausto Neto 122 própria fronteira do ato que os produziu, passando mensagens capturadas a circular impulsionadas por “sistemas periféricos”. Quando saem das fronteiras de determinado processo produti- vo, enunciados ingressam na “inércia” de brechas da circulação, ou são por esta capturados, onde circuitos outros cuidam de lhes dar outros rumos e sentidos. Ingressam, por exemplo, no âmbi - to de outros processos observacionais, sendo midiatizados por outras metodologias que reúnem potencialidades mediadoras. Como fenômenos de midiatização estão subordinados a tempo- ralidades e a processualidades, as observações aqui desenvol- vidas descrevem apenas registros de pequenos estágios de di- nâmica de práticas jornalísticas (e também algumas não jorna- lísticas) cada vez mais subordinadas ao trabalho da circulação. Marcas deixadas pelos rastros desta atividade sugerem algumas hipóteses para novos estudos sobre as implicações da circulação nas mutações do jornalismo. Referências ALBUQUERQUE, Ana Luiza. Sem exposição, é impossível avan - çar contra poderosos, afirma Dallagnol. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/poder/2017/11/ 1937812-sem-exposicao-e-impossivel-avancar-contra -poderosos-afirma-dallagnol.shtml?origin=folha . Acesso em: 06 jan. 2020. São Paulo, SP: Folha de S. Paulo, 2017. BATESON, Gregory. Mente e natureza . Riode Janeiro, RJ: Francisco Alves, 1986. BENEVIDES, Pedro. Jornalismo sob fluxos e ajustes: da autoper - cepção de editores ao processomidiático. In: BRAGA, José Luiz; CALAZANS, Regina (org.). Matrizes interacionais: a comunicação constrói a sociedade. Campina Grande, PB: EDUEPB, 2017. p. 253-272. BOUTAUD, Jean-Jacques; VERÓN, Eliseo. Sémiotique ouverte: itinéraires sémiotiques en communication. Paris, FR: Lavoisier, 2007. BRAGA, J. J. Circuitos versus campos sociais. In: MATOS, Maria Ângela; JANOTTI JÚNIOR, Jeder; JACKS, Nilda (org.).

RkJQdWJsaXNoZXIy MjEzNzYz