Redes, sociedade e pólis: recortes epistemológicos na midiatização

Discutindo a mediatização da política a partir do caso português 143 tário do país na SIC Notícias, a A Quadratura do Círculo . Em 2014 foi eleito líder do PS e, em 2015, deixou o comentário e a Câmara de Lisboa para concorrer às eleições legislativas daquele ano. Pedro Santana Lopes é filiado no PSD. Começou os seus comentários na estação pública portuguesa em 2002, quando era presidente da Câmara Municipal de Lisboa e foi comenta- dor na RTP1 até 2004, poucos meses antes de se tornar pri- meiro-ministro. Em 2010 voltou a ser comentador na TVI24 e, em 2012, foi contratado pela SIC Notícias. Na RTP1 partilhou o espaço de comentário com José Sócrates, ministro do governo do PS (1999-2002). Em 2004, Sócrates tornou-se líder do PS e primeiro-ministro no ano seguinte, sucedendo Pedro Santana Lopes no cargo. Sócrates foi primeiro-ministro até 2011 e, no início de 2013, retornou à RTP1 como comentador, mas esta co- laboração terminou com a sua prisão no final de 2014. A tabela 2 indica-nos que os políticos comentam nos canais generalistas e nos de cabo e que estes têm ligaçōes aos partidos representados no Parlamento. Todavia, os dados mos- tram que há diferenças nos partidos presentes no comentário de prime time quando confrontamos os canais de sinal aberto com os de subscrição. Os políticos que comentam nas emissoras generalistas são membros do PSD e do PS, o que significa que o espaço de opinião nos noticiários de prime time dos canais de televisão de sinal aberto provêm unicamente destes dois partidos de poder. Quando consideramos os dados por ano, percebemos que o cen- tro-direita tem tido uma presença maior nos espaços de comen- tário do que o centro-esquerda. No entanto, há diferenças quan- do se considera o serviço público contra os canais comerciais.

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