Redes, sociedade e pólis: recortes epistemológicos na midiatização

Magali do Nascimento Cunha 174 novo que deve ser observado e analisado em novas e atualiza- das pesquisas. V - Notas conclusivas O ativismo político digital evangélico é componente novo na forma como evangélicos brasileiros se inscrevem cul- turalmente na pólis , como um grupo religioso desprivatizado, construtor de uma religião pública. Este ativismo torna-se ele- mento destacado no processo de participação política deste gru- po religioso. O ativismo político digital evangélico emerge dos pro- cessos de midiatização vividos pelo segmento evangélico no Brasil, diga-se, dos circuitos criados e recriados pela interme- diação das mídias que viabilizam interação entre evangélicos e de evangélicos com outros grupos religiosos e não religiosos, in- teressados em discutir temas, realizar campanhas e estabelecer ações em torno das pautas políticas do país. Do ponto de vista da participação política, a presença dos evangélicos na pólis midiática, ao mesmo tempo que po- tencializa a visibilidade deste segmento religioso, amplifica o sentimento de existência e pertença, ressignifica identidades e identificações político-ideológicas e redesenha as fronteiras ins- titucionais e simbólicas. Referências ARENDT, Hannah. A condição humana . 10. ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2009. BERGER, Peter. A dessecularização do mundo: uma visão global. Religião e Sociedade , v. 21, n. 1, p. 9-23, 2001. BRAGA, José Luiz. Circuitos versus campos sociais. In: MATTOS, M. A.; JANOTTI JUNIOR, J.; JACKS, N. (org.). Mediação & midiatização . Salvador: EDUFBA, 2012. p. 29-52. BRAGA, José Luiz. A sociedade enfrenta sua mídia : dispositivos sociais de crítica midiática. São Paulo: Paulus, 2006.

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