Redes, sociedade e pólis: recortes epistemológicos na midiatização

Midiatização, pólis e eventos de fronteira. Análise da noticiabilidade sobre o CUT BRA-PY-AR 187 Seguindo tal perspectiva, entendo que é relevante ponderar a partir do esquema de Hjarvard (2012), pertinente à compreensão da midiatização e das forças que a ela concorrem (Figura 1): Figura 1. Os meios de comunicação facilitam e estruturam espaços virtuais para comunicação e ação Fonte: Hjarvard (2012, p. 86). Entendo que a tensão entre uma força centrífuga e outra força centrípeta responde por uma tendência heteronômica que subordina a autonomia inerente ao nível local a ordens que lhe são superiores e oriundas das centralidades (inter) nacionais dos Estados nacionais limítrofes. A força heteronômica provém igual- mente de fluxos globalizados que afetam zonas livres e espaços portuários de expressão como aquele de que se trata aqui. A tendência homogeneizadora, própria da mídia de re- ferência, por sua vez, atua inibindo a diferenciação proveniente do nível local, atuando como força redutora de sua idiossincra- sia, limitando a expressão e a carga comunicativa do nível local em favor de um entendimento favorável à perspectiva das esfe- ras políticas e culturais dominantes no nível nacional. A ótica do jornalismo local submete-se, assim, aos enquadramentos produ- zidos pela mídia de referência.

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