Semiose midiatizada e poder: interfaces para pensar os meios algorítmicos e plataformas 225 imaginário real simbólico Sintoma 1 1.1 1.2 1.3 1.4 2 2.1 2.2 2.3 2.4 3 3.1 3.2 3.3 3.4 4 4.1 4.2 4.3 4.4 A partir desse momento, começamos a lidar, de forma analógica, com a semelhança entre primeiro, segundo e terceiro; ícone, índice e interpretante; imaginário, real e simbólico. Porém, conforme faz Lacan, é necessário diferenciar o simbólico do que é poder (por analogia, qualquer crença que não esteja fundamentada na livre argumentação, provas, evidências, como idealizam os campos científicos contemporâneos). Fazemos isso, não no sentido de plastificar as analogias, mas sim de pro- blematizar a partir dessa inferência. Especulativamente, podemos considerar que a ques- tão central da análise é revelar não só o que está acionado como imaginário, real e simbólico, em matrizes de mútuo agenciamento (1.1; 1.2; 1.3; 2.1; 2.2; 2.3; 3.1; 3.2; 3.3), mas, principal- mente, escandir as interposições do quarto (a perversão) que se atravessa constituindo o primeiro, segundo e terceiro, ao mesmo tempo que é alimentado pelo imaginário, real e simbólico. Descobrir o quarto em sua “pureza” é, no diagrama, a revelação do 4.4, ou seja, numa primeira matriz, o poder como poder em si e para si, que se autoriza e, ao se interpor na matriz, autoriza o imaginário, real e simbólico. 3.3 O poder simbólico e o signo psico-sócio-antropológico A terceira perspectiva que acionamos para pensarmos a semiose social é a de Bourdieu, que, em sua formulação teó- rica, buscou uma síntese ente as heranças da sociologia (Marx, Durkheim e Weber) e da antropologia estruturalista. A relação de Bourdieu com Lacan se dá nesta mesma episteme (o estru- turalismo), com a diferença de que, assim como Piaget e Lucien Goldmann, suas formulações remetam à historicidade das estruturas, construídas socialmente, nas interações. Isso remete à sua designação como estruturalista genético ou estruturalista
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