Sapiens midiatizado: conhecimentos comunicacionais na constituição da espécie

A criação de uma mentalidade crítica. 257 Também podemos olhar a aprendizagem de um ângulo um pouco diferente e vê-la como uma res- posta a uma questão. Mais do que ver a aprendi- zagem como uma tentativa de adquirir, aprimorar, internalizar e outras metáforas possessivas que possamos lembrar, podemos também ver a aprendizagem como uma reação a uma perturbação, como uma tentativa de reorganização ou re- integração como resultado da desintegração. Po- demos olhar a aprendizagem como uma resposta à alteridade ou ao diferente, ao que nos desafia, irrita e perturba, e não como a aquisição de algo que queremos possuir. As duas formas de ver a aprendizagem podem ser igualmente válidas, dependendo da situação em que levantamos a questão sobre a validade de determinado conceito de aprendizagem. Mas a segunda definição é, educacionalmente, a mais significativa, se consi- derarmos que, em educação, estamos mais preocupados com questões sobre a subjetividade ou, em termos mais sociológicos, a pauta do aprendiz (BIESTA, 2005, p. 62). Referências BARNETT, R. Higher education: A critical business. Buckingham [England]: Open University Press, 1997. BIESTA, Gert. Against learning: Reclaiming a language for edu- cation in an age of learning. Nordisk Pedagogik, v. 25, p. 54-66, 2005. BIESTA, G. Good education in an age of measurement: Ethics, po- litics, democracy. Boulder, Colo.: Paradigm Publishers, 2010. BIESTA, G. The beautiful risk of education. Boulder: Paradigm Pu- blishers, 2013. BOLIN, G. Media generations: Experience, identity and mediati- sed social change. London: Routledge, 2017.

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