Meu corpo fala: discussões sobre o audiovisual como possibilidade de voz para o Porto do Capim, em João Pessoa
Resumo
O artigo traz a problemática sobre o processo comunicacional através da utilização do audiovisual como possibilidade de voz para a comunidade ribeirinha Porto do Capim, em João Pessoa. A pesquisa objetiva analisar como o corpo da mulher ativista da comunidade Porto do Capim, em João Pessoa, é posto em cena no videopoema Cumadre Fulorzinha e como essa ocupação audiovisual releva força diante das desapropriações de parte da comunidade pelas gestões da Prefeitura Municipal de João Pessoa. Trata-se de um estudo de caráter qualitativo, partido da observação das imagens, do som e da narrativa empregada na obra. Dialogando com as perspectivas decoloniais, a pesquisa revela que existem rupturas imagéticas e de estereótipos, evidenciando identidades, pertencimentos, posicionamentos e voz.