Sapiens midiatizado: conhecimentos comunicacionais na constituição da espécie

Göran Bolin 106 Abstract: In contemporary datafied media landscapes, metrics havebecome sonaturalised in thedigital environment thatmedia users no longer reflect on their visibility, nor on their operability. Nonetheless, metrics direct user attention in various directions in digital space, towards other users, advertising, promotional messages, political opinion, etc. However, in everyday life users rarely reflect on how metrics steer attention, perceptions, and mindsets, and, following from this, privilege behaviour. So, how can we research the ‘metric mindsets’ of users if metrics have become so natural to us as water to the fish? How can media us- ers be sensitised to the meaning of metrics and measurement? In this paper is, firstly, reflected on the meanings that metrics might have for media users, and secondly, how these meanings can be researched empirically. It is suggested that a combination of traditional methods (interviews) with software manipulation gives some insights into these questions. Keywords: Datafication. Value. Media production. Cultural pro- duction. Capitalism. As métricas e as tecnologias de medida se tornaram uma característica cada vez mais importante da nossa “vida midiatizada” diária (DEUZE, 2012) no capitalismo de vigilância (ZUBOFF, 2015). Argumenta-se que as métricas se tornaram um “ambiente no qual vivemos [...], um ‘ar’ que respiramos, um com- ponente atmosférico da sociedade” (BRIGHENTI, 2018, p. 25). Neste ambiente, cada vez mais, os domínios se tornam mensu- ráveis através das redes sociais, lembrando constantemente aos usuários as suas métricas de status, no que tange a seguidores, amigos, contatos, notificações, e levando os usuários das redes sociais a responderem aos gatilhos métricos. Está bem estabe- lecido na sociologia da avaliação que as pessoas, assim como as instituições, reagem e mudam o comportamento quando estão sendo avaliadas (ESPELAND; SAUDER, 2007), e, segundo pro- cessos de metrificação, foi sugerida uma mudança de atitudes e mentalidades dos usuários de redes sociais em que os princípios algorítmicos de captura de dados na internet e as métricas asso- ciadas com sites de redes sociais produziam uma “mentalidade de big data” (VAN DIJCK, 2014), ou uma “mentalidade metrica- lizada” (BOLIN; SCHWARZ, 2015). Uma mentalidade metricali-

RkJQdWJsaXNoZXIy MjEzNzYz