Funções estratégicas de composição do discurso midiático em “Isso a Globo não mostra”
Resumo
O discurso midiático parte do esquecimento para se reinventar na rememoração das formas que vai arquivando. Este ritual é fundamental para a produção de sentidos e para assegurar sua legitimidade em determinar regras destinadas a regulamentar o comportamento e interferir no domínio da experiência. Torna-se interessante estudar as funções estratégicas de composição do discurso midiático: naturalização, reforço, compatibilização, exacerbação dos diferendos, visibilidade e alteração dos regimes de funcionamento; para entender como são utilizadas no quadro “Isso a Globo não mostra” para construir o discurso em torno de Bolsonaro. Assim, foi possível identificar como a Globo trabalha essas funções no discurso apresentado neste quadro e como são produzidos novos sentidos a partir do universo do já-dito.