Como balanços sem fim: processos de subjetivação estético-políticos nos fotojornalismos
Resumo
No presente artigo refletimos sobre a hipotética capacidade das imagens fotojornalísticas colaborarem para o surgimento de diferentes subjetivações estético-políticas. Em diálogo com as noções de imagem dialética e imagem crítica em Walter Benjamin e Georges Didi-Huberman, respectivamente, além da própria ideia de subjetivação em Jacques Rancière, ponderamos sobre os indecidíveis que perpassam nossas relações, sempre em cordas bambas, com as imagens. Ao “bagunçarem” a lógica policial que pretende a rigidez dos corpos e seus possíveis, sugerimos que certos “produtos” dos fotojornalismos comportam vetores/dispositivos supostamente capazes de inspirar [re]configurações do/no sensível partilhado, confundindo-se eles mesmos com a efemeridade de que são partícipes, em movimentos quase oníricos, de tremor, que perturbam e renovam nosso próprio olhar.