Interseccionalidade na imprensa: o que os dados revelam sobre raça e gênero no jornalismo
Resumo
O jornalismo brasileiro ainda reflete uma estrutura cisheteronormativa, masculina e branca, o que se manifesta na composição das redações e nos discursos produzidos. A partir do conceito de interseccionalidade (CRENSHAW, 2002), este artigo analisa os dados das pesquisas Perfil Racial da Imprensa Brasileira e Perfil do Jornalista Brasileiro, identificando a sub-representação de jornalistas negros e LGBTQIA+. A pesquisa utiliza a técnica de análise de conteúdo (BARDIN, 1997) para examinar a forma como esses estudos mapeiam a diversidade na profissão. O trabalho pretende contribuir com os estudos de gênero e raça presentes no Jornalismo e colaborar para um diagnóstico no campo profissional, podendo servir de alerta para entidades sindicais e empresas do campo jornalístico.