ABAIXO O SIGNO: DA LINGUAGEM COMO SOM E IMAGEM
Resumo
Este artigo visa pôr em tensão a conceituação sígnica da linguagem a partir da crítica de Hans Belting, no que diz respeito à redução das imagens aos signos, e da abordagem proposta por Adriana Cavarero, quando resgata a relacionalidade acústica implicada na palavra que se faz voz. Com este intuito retoma o potencial simbólico das imagens mortuárias no culto aos mortos das culturas arcaicas e o sentido acústico da palavra aédica, para demonstrar como nestes exemplos a noção de imagem refere-se a um modo de percepção do corpo, próxima da imaginação mítica e não da lógica racional do pensamento filosófico. Neste sentido, resgata um sentido arqueológico e antropológico da linguagem, abordada como som e imagem, que parece mais interessante para entender o fundamento das imagens audiovisuais, características da cultura contemporânea.