José Luiz Braga 60 .7. Constatando a importância abrangente geral da aprendizagem como característica do Homo sapiens e percebendo como as sociedades aprendem por experimentação tentativa e crítica diante de urgências contextualmente enfrentadas, cabe perguntar como o setor educacional – enquanto dispositivo so- cialmente inventado em processos históricos para direcionar aprendizagens relevantes para a sociedade – poderia aperfeiçoar suas abordagens, tanto diretamente no ensino como na preparação para as aprendizagens contextuais que os partici- pantes inevitavelmente enfrentarão. Uma das perguntas de Ângelo Neckel na entrevista co- mentada no início do artigo se refere a esse ângulo: É possível pensar em interfaces entre a capacidade comunicativa de aprender e criar coletivamente e uma pedagogia que envolva ensino e aprendizagem horizontalizada entre saberes de mestres e alunos permeados por escutas recíprocas para a resolução de problemas e desenvolvimento de novas epistemes? .8. Na lógica da argumentação exposta, as circunstâncias mostram que a midiatização contemporânea exige que a espé- cie, reconhecendo a característica de sermos os qui nesciunt, exerça efetivamente sua competência sapiens para desenvolver a capacidade social do aprender a aprender. Talvez as condições da oferta propiciem essa possibilidade – se forem trabalhadas em processo de experimentação, invenção e crítica. Referências BRAGA, José Luiz. Crítica na Sociedade Midiatizada. In: RIZZOTO, Carla Cândida (org.). A gente se vê por aqui – Práticas e reflexões sobre Crítica da Mídia. Londrina: Syntagma, 2017.
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